Angola aparece na cauda da tabela da mortalidade infantil mundial e foi o país com a segunda mais baixa esperança de vida em 2015, indica o último relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Recorde-se, entretanto, que o diamante de 400 quilates que Sindika Dokolo comprou para a De Grisogono, da qual o marido de Isabel dos Santos (filha de sua majestade o rei de Angola) é accionista maioritário, foi a estrela da festa que a joalharia suíça promoveu em Cannes, no Eden Roc Hotel du Cap.
Segundo o documento da OMS, divulgado hoje, por cada 1.000 nados vivos morrem em Angola 156,9 crianças até aos cinco anos, apresentando por isso a mais alta taxa de mortalidade mundial em 2015.
Além disso, em cada 100.000 nados vivos em Angola morrem 477 mães, neste caso distante da Serra Leoa, onde para a mesma proporção morrem 1.360 mulheres.
Aquela organização das Nações Unidas referiu igualmente que a esperança média de vida à nascença em Angola cifrou-se nos 52,4 anos, apenas à frente da Serra Leoa, com 50,1 anos.
Contudo, em Março passado, na apresentação dos resultados definitivos do recenseamento da população angolana, realizado em 2014, o Instituto Nacional de Estatística de Angola passou um atestado de menoridade intelectual ao todos nós ao anunciar que a esperança média de vida no país passou a estar fixada em 60,2 anos.
Esse recenseamento concluiu que as mulheres angolanas aspiram agora a viver até aos 63 anos e os homens até aos 57,5 anos, num universo de 25,7 milhões de habitantes. O Governo de sua majestade está a abusar há 40 anos. O Povo é pobre, faminto, mas não é matumbo.
Já para a OMS, essa esperança de vida foi em 2015 de 54 anos nas mulheres e de 50,9 anos nos homens, para um universo de 25,022 milhões de habitantes.
Segundo o relatório estatístico da OMS, em Angola, a expectativa de uma vida saudável à nascença é de apenas 45,8 anos, igualmente uma das mais baixas do mundo.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,7 milhões de barris de crude por dia, o que representa mais de 95% do total das exportações. Por outras palavras, é um país rico que em vez de distribuir a riqueza pela população resolveu, desde a independência, distribui-la por ume elite de ladrões.
A OMS refere que perto de metade da população angolana (49%) tinha acesso a fontes de água potável em 2015, o segundo pior registo em 47 países africanos, enquanto o acesso a saneamento abrange 52%, a 11.ª posição no mesmo grupo.
O relatório estima ainda que cada angolano com mais de 15 anos terá consumido o equivalente a 7,6 litros de álcool em 2015. E acrescenta que a cada 1.000 angolanos infectadas por HIV, com idades entre os 15 e os 49 anos, surgiram em 2014 uma média de 2,1 novos casos da doença.
Em 2014, segundo a OMS, em cada 100.000 angolanos, 370 tinham tuberculose.